Relatividade (por Kraudião)
Tão perto, mas bem distante.
Quando
distante, às vezes, tão perto.
Quando
rico é um pouco pobre.
Às
vezes pobre sendo tão rico.
Quando
sozinho, busca multidão.
Em
plena multidão, se sente sozinho.
Às
vezes tão cheio que é vazio.
Quando
vazio, pode ser bem cheio.
Tamanho
desejo para pouca necessidade.
Muita
necessidade resolvida com mínimo desejo.
Quando
vulnerável, talvez mais bem protegido.
Às
vezes por se achar protegido, mais vulnerável
Quando
rápida e impensada decisão, demorada solução.
Tão
esperada e refletida solução, sensata e definitiva decisão.
Tão
chamativo na aparência para disfarçar a essência.
Tamanha
é a essência que diminui o apelo na aparência.
Quando
muito amante, às vezes, bem menos amigo.
Quando
intensamente amigo, nem sempre um bom amante.
Muita
teoria infundada, menos vivência prática internalizada.
Mais
experiências concretas na vida, menos teoria a ser idealizada.
Quanto
mais intelectualizado, menos será o sentimento desperto.
Muito
sentimento desperto, pouco interesse em ser intelectualizado.
Muita
profundidade na relação, menos dissabores com as ilusões.
Muitas
ilusões na relação, menos mergulho na profundidade do ser.
Mais
inveja reverberando na mente, menos consciência de liberdade.
Muita
consciência desperta, menos sofrimento a torturar pela inveja.
Mais
defensivo perante a vida, menos aprendizado em sabedoria.
Mais
sabedoria em lidar com a vida, menos resistência sistemática ativa.
Salvador-BA,
20 de novembro de 2013.
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