Mar de incertezas(por: Kraudião)
Nas profundezas do
meu ser
Existe um mundo de
estrelas, sereias,
algas verdes-azuis.
Nas profundezas do
meu ser
A água é transparente
e muito caliente,
Às vezes com
correntezas muito forte,
Ondas espumantes e
muita vontade de realizar.
Nas profundezas do
meu ser
Nem sempre o mar tá
pra peixe,
Nem sempre caem
certezas ou
felicidades na minha
rede,
Mas espero e deixo a
maré vazar.
Nas profundezas do
meu ser
Diversas são as
formas das coisas,
Muitos são frutos da
minha imaginação
Pra lá de criativa.
Em outros momentos
são só pensamentos
Que insistem em se
materializar e
Me levar para zonas
abissais.
Nas profundezas do
meu ser
São cardumes de
atividades que navegam
Indo e vindo no meu
dia e/ou durante semanas.
São pedras cortantes
que quase sempre
Deixam marcas
visíveis em minha pele,
Outras vezes são
cicatrizes que voltam a abrir
Turvando a minha
visão.
Nas profundezas do
meu ser
Caravelas urticantes
queimam em minhas
Memórias ardentes de
um passado quase remoto,
E que vem um dia como
uma onda que sempre volta.
Nas profundezas do
meu ser
O mar nem sempre é
calmaria e a maresia vem azeda,
A transparência do
que sinto volta a se turvar e
Preciso mergulhar bem
fundo, abandonando
A superfície das
coisas antes cheias de fantasias.
Nas profundezas do
meu ser
Ainda quero ter uma
sereia encantada que
Um dia foi abençoada
por Netuno.
Aquele a quem sempre
recorro,
Quando dos meus
pensamentos tsunâmicos,
E quero encontrar meu
centro, meu porto.
Ele é meu norte
guiando-me pela rosas dos ventos.
Nas profundezas do
meu ser
Quero encontrar um
mar de almirante,
Ainda preciso de
fôlego para ir nesse mergulho
Tão dentro de mim.
E então não serei
mais um peixe fora d´água,
A procura de um rumo
certo e definitivo,
Saberei que existem
outras vidas além desse horizonte,
Outras possibilidades
que agora ainda não arrisco a ousar.
Nessa imensidão de
mar, hoje com algumas incertezas,
Ultrapassarei os
limites dessa dimensão.
Largura para abarcar
equilibradamente minhas relações,
Profundidade para
encontrar o meu centro e saber quem eu sou,
E altura suficiente
para olhar do alto para baixo sem esquecer minha origem,
E debaixo para cima
para nunca mais esquecer para onde devo caminhar.
Salvador-Ba, 25
Novembro 2012.
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