Pesquisar este blog

sábado, 15 de janeiro de 2011

A carência


A carência (por:kraudião)

A carência gerou expectativas sobre o amor.
Ao amor muito benevolente conseguiu aplacar as expectativas, mas não a carência.
Esta, mais uma vez, solicitou amor.
Foi quando o amor sinalizou que o problema estava nas expectativas que sempre a deixava carente.
A expectativa se defendeu e acusou a carência de alimentá-la o tempo todo, incessantemente.
Aí o amor entendeu que a carência não percebia mesmo, o quanto sempre esteve presente e disponível para ela.
Mas esta nunca ficava satisfeita com o amor.
Porque estava constantemente na expectativa de que o amor fosse algo muito diferente.
Até que um dia, o amor se transfigurou em expectativas para que a carência pudesse reconhecê-lo.
Ainda assim, ela duvidou do jeito daquela expectativa. Pois, nunca havia experimentado algo tão próximo, carinhoso e paciente.
Foi aí que o amor se revelou e inundou a carência do mais puro e verdadeiro amor.
Aquele que nunca cobra, condena, julga ou barganha...
Pela primeira vez na vida, a carência ficou sem nenhuma expectativa.
Pois havia experimentado o amor incondicional como ninguém mais conseguira explicar.
E foi muito feliz para sempre...

Salvador-Ba, 15 de Janeiro de 2011.

Um comentário:

  1. Interessante, mistura bastante reflexiva, amor incondicional, carência e expectativa. Quem nunca esperou? Quem nunca sentiu falta? Quem nunca amou, apenas por isso ser tão essencial quanto o ar que se respira? O segredo de tudo isso quem sabe? A felicidade encontra-se no não esperar nada, pulamos a parte do não sentir falta e ama-se incondicionalmente desejando o melhor para ele sempre, aí esta o final feliz da história.

    ResponderExcluir

Deixe aqui seus comentários amigo visitante: