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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Imortalidade

*Imortalidade (por: Kraudião)

Centelha divina que tudo constitui e vivifica.
Imagem e semelhança do princípio criador,
Confere a todos, elementos da imortalidade.
 O sopro eterno da tua origem, meio e fim.
Algo que não se destrói, apenas se transforma.
Configura-se em uma nova vibração.
Razão intermediária entre dois mundo.
O filtro sublime de tanta imensidão.
Matéria quintessenciada, eis corpo da alma,
Sem raça e nem cor para segregar.
O desprendimento é total na noite e escuridão.
O sono profundo muitas vezes impede revelar,
As experiências vividas e/ou resgatadas diariamente.
Sentido de vida que experimentamos em outra dimensão.
Algo comum para se viver com naturalidade.
Se consciente, uma prova concreta da imortalidade.
Em consecutivas vidas um retorno ao mundo físico.
Um corpo denso é sua morada e veículo.
Uma oportunidade para crescer e despertar sabedoria;
Mas, a matéria é biológica vem com data limitada.
Seu substrato orgânico tem toda uma ritimicidade.
São intensas as reações em resposta ao meio variante.
Condições exigentes mesmo para uma matéria sofisticada.
E o desgaste acontece fruto dessas interações,
Provocando um lento e prolongado jeito de viver.
Porém, na matéria, a realidade em outra.
Será preciso aprimorar os éteres que lhe dão forma,
A força vital que confere a mecânica do movimento
E sucessivas renovações da unidade celular
Vão se configurando em uma outra dinâmica.
A vida vai se esvaindo com o passar do tempo,
Fases importantes com características bem marcadas,
O novo, maduro e velho são etapas naturais.
 O esperado acontece na matéria biológica,
O ciclo precisa finalizar e começar outra etapa.
A variabilidade é necessária para garantir a perpetuação.
Os átomos assumem outras formas com muita naturalidade.
A matéria condensada também tem imortalidade.


Salvador-Bahia, 13 de Maio de 2010.

* Dedico estes versos ao amigo Sérgio Manzione que provocou e inspirou-me nesta temática.

2 comentários:

  1. Sergião, manda bala, véio!!

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  2. Kraudião, quero lhe agradecer por ter me dedicado os versos. Não fiz, nem mereço tanto. Obrigado!

    Eu fiquei (e continuo) pensando sobre o tema e havia chegado, assim como você, até os átomos, que apenas trocam de lugar, mas continuam lá, vivos e pulsantes. Eles são o reflexo direto da criação divina onde "nada se cria, tudo se transforma".

    Concordo com tudo o que você expressou, tendo Deus acima de tudo. Mas por que será que Ele fez tudo isso? Enfim, isso é papo que leva a muitos caminhos os quais não sabemos sequer que e se existem. Sempre digo que quanto mais respostas procuro, mais perguntas acho.

    Mais uma vez obrigado.

    Um fraternal abraço,

    Sergio Manzione

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